sábado, 13 de fevereiro de 2010

Me leve...

Essa música pra mim tem a ver com saudade. Saudade de alguém que faz diferença em você e desiste de continuar...

Hoje quando eu fui
Te ver, bem
Lembrando as coisas
Mais banais
Parei lá no lugar
Voce já não tava mais
Rio de janeiro secou
Ou não?
Quem sabe eu esqueci
Voce noutro lugar
Sei lá, guarapari
Tudo que era azul
Ficou down
Que mal não ter voce ali
Ninguém
Me viu
Chorar
Mas tá doendo
Quem mandou me seduzir
Se voce for
Me leve daqui
Pra onde vá
Eu agora sou seu par
Quando sair
Me leve com voce
Então não vá.

(Djavan)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Garota da Paulista

Quando entrei na sala os nervos estavam à flor da pele.

O meu intervalo do almoço já havia acabado há bastante tempo e eu ainda não havia sido avaliada. A união da apreensão pelo atraso no trabalho e a possibilidade de não ser aprovada no teste me apavorava.

O violonista e a juiza me aguardavam.

- Qual a música?
- Não me preocupei em escolher. Imaginei que o fizessem.
- Pode ser Sampa?
- Claro.
- Vou fazer a introdução e você inicia. Tudo bem?
- Tudo bem.

Introdução.

"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça..."

- Mas esta é Garota de Ipanema!
- Vamos continuar nesta mesma. Nervosa como estou, Paulista virou Ipanema!

Fui aprovada. Até hoje não sei como.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Boa Sorte!

Nunca imaginei que ao levar a cadelinha pro banho e tosa ia entrar em um clima tão grande de nostalgia. Não que a cadelinha de casa tenha tanto tempo ao meu lado que me remeta a antigas histórias, mas o trajeto que faço de casa até ao pet faz com que os passos façam antigos caminhos.

Não havia esse prédio que hoje abriga um consultório de psicologia, mas as confusões das nossas cabeças eram aliviadas pela correria da Santa Catarina para a Luisiana até a Paraná, sempre cortando caminho onde só era chão batido de terra e mato!

Mato pra nós, molecada que reclamava das canelas cortadas pelas pontas verdes das plantas, mortíferas na nossa visão! Mas para as carolas da São Paulo, que viviam na Igreja São Pedro Apóstolo que fica na Fortuna, faziam daquilo, as plantas mortíferas, a sua riqueza particular em ervas.

Depois de um tempo aprendi que não eram só daninhas, mas podiam aliviar aquela dor chata nas costas que nem os remédios da velha drogaria da Polônia davam jeito.

Corridas pra padaria, pra pegar o pão quentinho, subindo a Água Funda pra chegar na Boa Sorte, que ainda é boa e vive me dando sorte!

Ruas planas, subidas e descidas, ainda estão por ali, diferentes da antiga arquitetura, e eternamente marcadas nas minhas memórias.

O combate

O combatente em direção ao conflito,

hesita alguns instantes.

Não pode,

é mais forte.

Acontece.

Entrega-se. Intensa. Completamente.

Comandos. Sensações. Pele. Cheiro.

Combatente. Conflito.

Em conflito sonha-se com o triunfo.

Em conflito encara-se a morte.

Triunfa-se um pouco.

Morre-se aos poucos.

O combatente anseia conflitos.

Tem direito à morte.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O inicio!

Tentando ingressar nesse mundo louco, viciante e altamente necessário (?) do desnudar-se literariamente, no virtual!