terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Boa Sorte!

Nunca imaginei que ao levar a cadelinha pro banho e tosa ia entrar em um clima tão grande de nostalgia. Não que a cadelinha de casa tenha tanto tempo ao meu lado que me remeta a antigas histórias, mas o trajeto que faço de casa até ao pet faz com que os passos façam antigos caminhos.

Não havia esse prédio que hoje abriga um consultório de psicologia, mas as confusões das nossas cabeças eram aliviadas pela correria da Santa Catarina para a Luisiana até a Paraná, sempre cortando caminho onde só era chão batido de terra e mato!

Mato pra nós, molecada que reclamava das canelas cortadas pelas pontas verdes das plantas, mortíferas na nossa visão! Mas para as carolas da São Paulo, que viviam na Igreja São Pedro Apóstolo que fica na Fortuna, faziam daquilo, as plantas mortíferas, a sua riqueza particular em ervas.

Depois de um tempo aprendi que não eram só daninhas, mas podiam aliviar aquela dor chata nas costas que nem os remédios da velha drogaria da Polônia davam jeito.

Corridas pra padaria, pra pegar o pão quentinho, subindo a Água Funda pra chegar na Boa Sorte, que ainda é boa e vive me dando sorte!

Ruas planas, subidas e descidas, ainda estão por ali, diferentes da antiga arquitetura, e eternamente marcadas nas minhas memórias.

2 comentários:

  1. Gostei do seu texto... Mistura o presente com suas lembranças de um jeito bem sutil! "Boa sorte" com o blog! rs.

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